
Publicada em 21/07/2010 às 20h31m
RIO - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma carta na última segunda-feira na qual pede que os fiéis não votem na candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.
Leia a carta na íntegra:
"Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Com essa frase, Jesus definiu bem a autonomia e o respeito que deve haver entre a política (César) e a religião (Deus). Por isso, a Igreja não se posiciona nem faz campanha a favor de nenhum partido ou candidato, mas faz parte da sua missão zelar para que o que é de 'Deus' não seja manipulado ou usurpado por 'César' e vice-versa.
Quando acontece essa usurpação ou manipulação é dever da Igreja intervir, convidando a não votar em partido ou candidato que torne perigosa a liberdade religiosa e de consciência ou desrespeito à vida humana e aos valores da família, pois tudo isso é de Deus e não de César.
Vice-versa, extrapola a missão da Igreja querer dominar ou substituir-se ao estado, pois neste caso ela estaria usurpando o que é de César e não de Deus.
Na atual conjuntura política, o Partido dos Trabalhadores (PT), através de seu IIIº e IVº Congressos Nacionais (2007 e 2010 respectivamente), ratificando o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), através da punição dos deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso, por serem defensores da vida, se posicionou pública e abertamente a favor da legalização do aborto, contra os valores da família e contra a liberdade de consciência.
Na condição de Bispo Diocesano, como responsável pela defesa da fé, da moral e dos princípios fundamentais da lei natural que - por serem naturais procedem do próprio Deus e por isso atingem a todos os homens -, denunciamos e condenamos como contrárias às leis de Deus todas as formas de atentado contra a vida, dom de Deus, como o suicídio, o homicídio, assim como o aborto pelo qual, criminosa e covardemente, tira-se a vida de um ser humano, completamente incapaz de se defender. A liberação do aborto, que vem sendo discutida e aprovada por alguns políticos, não pode ser aceita por quem se diz cristão ou católico. Já afirmamos muitas vezes e agora repetimos: não temos partido político, mas não podemos deixar de condenar a legalização do aborto. (confira-se Ex. 20,13; Mt 5,21).
“Isto posto, recomendamos a todos os verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não deem seu voto à Senhora Dilma Rousseff e aos demais candidatos que aprovam tais 'liberações', independentemente do partido a que pertençam."
Dom Luiz Gonzaga Bergonzini
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